01/04/2016

DESIGN VENDE: A VITRINE É UMA GRANDE VENDEDORA, NÃO A ÚNICA


















O comércio de uma maneira geral, ainda não descobriu totalmente, o poder de venda que uma vitrine bem planejada possui. Para se ter uma vaga ideia do que isto representa, basta pensarmos em alguma viagem que já fizemos e lembrarmos se uma das experiências  mais agradáveis que tivemos não foi uma caminhada admirando belas vitrines.

Infelizmente, existe muita gente que ainda não sabe o que uma boa vitrine é capaz de fazer por um produto, uma loja, uma marca e até por uma cidade. A vitrine é vista como decoração e desenvolvê-la significa  custo e não investimento. Este raciocínio explica porque só temos vitrines bem elaboradas no natal. Nesta época do ano as pessoas já estão predispostas a comprar. O comércio deveria investir em vitrine em épocas onde o investimento realmente significasse uma mudança no comportamento.

Uma boa solução em comunicação visual para vitrines é a utilização de um grande painel. Para que seja vendedor, este painel deve ser bastante comunicativo. Alguém já disse: Um cartaz é um grito pendurado na parede. E uma vitrine, assim como um cartaz, deve comunicar de forma clara, objetiva e rápida, assim como um grito.

A comunicação deve ser sintética para que seja compreendida à primeira vista, pois ninguém tem tempo para decifrar enigmas. A vitrine deve ter um visual limpo, mas não pode parecer pobre. Expor aquilo que se deseja vender, seja lançamentos, produtos da estação ou encalhados, porém, não tudo isso junto. Uma vitrine não é um estoque exposto, os produtos, para estarem ali, devem ser selecionados a dedo.


Uma vitrine correta é uma grande aliada às vendas. Sua missão, além de embelezar a loja, a rua e até a cidade, é despertar a atenção do público, comunicar e seduzir o público para que este entre na loja. Devemos lembrar, entretanto, que apesar de importante, a vitrine não é a única responsável pela venda. Não adianta entupi-la de produtos pensando que ela venderá todo o estoque sozinha. Ela levanta a bola, fazendo com que as pessoas se entusiasmem a entrar na loja. A partir deste ponto, a bola está com os vendedores. Com atenção, simpatia, técnica, treinamento  e profissionalismo é que eles marcarão ponto, efetivando a venda.

31/03/2016

DESIGN VENDE: NECESSÁRIO, SOMENTE O NECESSÁRIO.















Existem muitos empresários, há anos no mercado, que enxergam suas empresas como uma extensão de seus próprios egos e administram a imagem institucional delas, como se estivessem fazendo uma reforma na sala de estar da casa deles.

Parece que seguem um mesmo raciocínio e que beberam suas desinformações na mesma fonte. Se existisse uma cartilha que apontasse alguns dos preceitos básicos que regem o pensamento estratégico dessas organizações, no quesito identidade corporativa, poderíamos encontrar itens mais ou menos assim:  

1.    Não é necessário se preocupar com logotipo. Ele não é importante. Basta que seja bonitinho, pois cedo ou tarde, pela insistência, acabará significando o que é ou o que faz a empresa.
2.    Não é necessário contratar um escritório especializado para a criação ou redesenho do logotipo. Basta chamar o sobrinho da vizinha, que ele faz no computador.
3.    Não é necessário que um logotipo tenha algum significado. Basta apenas que ele se pareça com alguma marca famosa e principalmente que esteja dentro de uma elipse.
4.    Não é necessário ter muito cuidado na escolha da cor do logotipo da empresa. O importante é que ele  tenha matizes de uma combinação equilibrada e homogênea, envolvendo as cores dos times dos sócios majoritários. 

Brincadeira à parte. Não é necessário dizer que o necessário mesmo é saber o que as pessoas querem e esperam de seus produtos e de seus serviços. Profissionais das áreas, de pesquisa, marketing, design, promoção e propaganda, saberão decodificar o que o mercado diz e concluir se algo é ou será bom ou não para sua marca.

Sem dúvida, é o cliente, a peça mais importante do carrossel. É a ele que se deve ouvir, mirar e agradar e não aos donos da empresa. Somente pensando assim é que teremos marcas e produtos cada vez mais fortes e duradouros.


30/03/2016

DESIGN VENDE: MAIS QUE UMA LOJA, CRIE UM CONCEITO















Andando pelas ruas e shoppings, constatamos a presença de lojas competindo 
para chamar nossa atenção. Algumas se destacam no cenário e ficam guardadas
em nossa memória enquanto outras não. As lojas que se sobressaem, 
convidam-nos a parar, olhar, entrar e comprar e passam a fazer parte da nossa 
memória. Porque as outras lojas nem são notadas e se são, acabam 
facilmente esquecidas, assim que passamos  os olhos por elas?

As primeiras se apresentam de uma forma especial, inesperada e de uma maneira diferente, saem do lugar-comum. Elas têm o design como um diferencial. Estas lojas contam uma história, transmitem um conceito, claro e pertinente, que faz com que 
as pessoas se encantem ao vê-las. Para que uma loja não seja mais uma na multidão, 
é preciso ousadia, fazendo com que ela saia do convencional. Quem não quer errar 
no que vestir para ir a uma festa, acaba optando pelo pretinho básico, assim como, 
quem não quer errar na decoração de sua casa, escolhe tudo bege, do piso ao teto, passando pelo tapete, sofá e cortinas.

O medo de errar é, muitas vezes, o responsável pela falta de destaque. Quem tem 
medo de errar no design da loja, acaba partindo para um visual neutro em demasia, fazendo com que a loja acabe sumindo na paisagem. Com certeza não é este o 
objetivo, mas com tanta neutralidade, acaba sendo este o resultado.

Quando vemos uma loja e somos atraídos por ela, não sabemos direito se é pelo seu visual, pelo clima que ela transmite ou é pela história que ela nos conta. As pessoas 
não têm consciência exata do que gostam ou não gostam em uma loja. Assim como 
não sabem porque se sentem bem em certos ambientes e desejam sair correndo de 
outros. Na verdade, uma loja é composta pela somatória de muitos detalhes e 
quando se fala em design, fatalmente estamos falando sobre os detalhes que 
formam um todo.  

É fundamental que se dê às pessoas, a oportunidade para sonhar. Para que isso 
aconteça, a loja deve estar envolta em uma nuvem de magia, encanto e sedução. 
Desta maneira não se estará apenas vendendo produtos e serviços, mas 
principalmente, uma imagem e um conceito.

O importante é deixar o medo para o concorrente e ousar. Procurar ousar de várias maneiras e lembrar sempre que o público é exigente. Os detalhes são pequenos e 
a concorrência, grande.


29/03/2016

DESIGN VENDE: QUEM NUNCA COMEU MELADO NÃO SABE QUE LAMBUZA















Existem pessoas que gostam de café amargo. A maioria prefere colocar açúcar ou adoçante para deixá-lo a seu gosto. Para elas, adoçar o café é o modo de deixá-lo melhor. Adoçar o café muito mais do que o suficiente, não significa que ele ficará mais gostoso, ao contrário, o deixará saturado, um melado que ninguém sentirá prazer em saborear.

Ao falamos de cafezinho parece óbvio que o excesso não é, nunca foi e nunca será uma garantia de qualidade. Quando se trata de comunicação visual, entretanto, parece não haver tamanha obviedade assim. Caso contrário, não veríamos tantas empresas que, estando ou não em promoção, penduram dezenas, centenas, milhares de bandeiras, bandeirolas e banners em tudo quanto é lugar, resultando em algo parecido com um eterno baile de carnaval.   É muito comum também ver, logotipos aplicados em exaustão e sem nenhum critério, espalhados, como que pulverizados em spray, pelas ruas, fachadas, lojas, frotas e impressos. 

Para que isto não ocorra debaixo do nosso nariz, devemos analisar constantemente se existe visibilidade na comunicação. Temos que pensar se é possível enxergar e principalmente, ler aquilo que está sendo comunicado externa ou internamente. Ver se não há exageros, como duplicidades gratuitas e informações saturadas. 

Não podemos transformar ações em comunicação visual em um cafezinho melado e frio, é necessário, antes de tudo, conhecermos o público alvo. Para colher bons grãos de café é preciso usar boas sementes. As ações em comunicação visual são as sementes, se elas não forem boas ou aplicadas de qualquer jeito, o resultado se houver, será qualquer um e nunca o que desejamos. Como um cafezinho ruim.