24/03/2016

DESIGN VENDE: O ATENDIMENTO NA PALMA DA MÃO














O cuidado de uma loja com a sua apresentação visual torna claro o seu posicionamento com a qualidade. Não basta se preocupar apenas com aquilo que se vê, é importante também, preocupar-se com aquilo que as pessoas sentem. O segredo pode estar na ponta dos dedos, contando até cinco e não fazendo nada por acaso:

1. O Mindinho sai rapidinho. Não trate o cliente com indiferença. Vendedores que não se dirigem ao cliente quando este entra na loja, que não levantam a cabeça para cumprimentar quem acabou de entrar ou que costumam passar os olhos um pouco acima da altura dos olhos do cliente que está ali tentando desesperadamente, chamar sua atenção, tratam o cliente como se ele fosse o menor e o mais insignificante dos dedos. Corrija isso rapidinho.

2. Seu-vizinho fica bem pertinho. Exponha o produto em uma distância próxima aos olhos do cliente. Não é porque ao usarmos sapatos, eles ficam no chão, que os mesmos devam necessariamente, estar expostos no chão da vitrine ou da loja. Uma coisa é olhar sapatos nos pés das pessoas, outra coisa, é escolher um modelo para comprar. O que dizer de jóias e relógios em exposição na altura dos joelhos do cliente, pois assim cabem mais 2 prateleiras na vitrine? Se ninguém consegue ver direito os detalhes dos produtos, qual é a vantagem de se ter tantos produtos em exposição? Deixe os produtos bem pertinho do cliente, ele agradecerá comprando-os.

3. Pai-de-todos todo poderoso. Lembre-se que atendimento com conforto não é apenas colocar poltronas confortáveis e macias. É também, saber que apesar de nenhum cliente gostar de ficar perguntando muito, todos necessitam de respostas. O cliente quando dentro de uma loja é um deus e por isto mesmo, é preciso entender suas necessidades para fazê-lo se sentir ainda mais importante e valorizado. Faça as perguntas da maneira certa e no momento certo. Fique do lado direito do pai.

4. Fura-bolo, o indicador. Através de uma boa sinalização, indique tudo o que for importante para o cliente. Isto evita aborrecimentos para ambas as partes, agiliza o atendimento e, principalmente, mostra que se tem respeito para com o cliente, já que ele não está muito interessado em procurar pelas coisas que deseja, mas sim, em encontrá-las.

5. Mata-piolho o arrasa quarteirão. Não se deve encarar o bom atendimento, como sendo apenas um custo alto. Ele é uma necessidade permanente na manutenção do retorno do trabalho. Um supermercado, trabalhando com pessoal em quantidade abaixo do mínimo para poupar hora extra, eletricidade ou custos com folha de pagamento, por exemplo, está na verdade poupando o cliente de retornar aquele estabelecimento. É muito fácil implodir as vendas, pois não existe imagem melhor do descaso com o cliente, do que ter várias caixas registradoras e deixá-lo perdendo tempo (algo que é raro e valioso a todos) em uma ou duas filas demoradas que poderiam ser evitadas, caso houvesse um ou dois atendentes a mais disponíveis.

O posicionamento de uma empresa com a qualidade deve estar presente em tudo que se refere à ela. Caso contrário, o consumidor sentirá na pele, sentindo-se desprezado, tendo que se abaixar para conseguir enxergar algo na vitrine, esquecido, perdido ou desvalorizado dentro da loja. Devemos acreditar, não é bem assim que estaremos agradando o público. É bom fazermos uma avaliação, contar até cinco e revermos nossas estratégias.


23/03/2016

DESIGN VENDE: SAIBA ONDE DESEJA IR E VÁ ATÉ O FIM















O teatro nos ensina coisas que por serem tão simples, nunca esquecemos. A primeira delas é sempre terminar o gesto e a segunda, nunca se esquecer da velhinha surda sentada na última fila do teatro. Completar o gesto, no sentido teatral, significa que se, em cena, é começado a levantar o braço, deve-se continuar levantando-o até o fim, não deixando o movimento incompleto.

 A tradução dessa sabedoria cênica para o dia-a-dia, é que se começamos fazer algo, devemos procurar fazê-lo de forma completa. Se, por exemplo, estamos trabalhando em um projeto de design, como a criação e a aplicação de uma marca, devemos cuidar para que o trabalho seja realmente aplicado corretamente em  sua totalidade.

Saber se aquilo que é dito no palco, está sendo ouvido por aquela velhinha surda, sentadinha lá no fundão do teatro, significa ter consciência de que todos naquele recinto conseguem ouvir aquilo que está sendo falado, pois este deve ser o objetivo do ator em cena.

Traduzindo, não só devemos ir com as coisas que começamos até o fim, como também devemos prever este fim, saber onde queremos chegar. Ao trabalharmos a comunicação visual de um produto, por exemplo, devemos definir se esta comunicação é visualizada e realmente compreendida por uma determinada fatia do mercado, o público alvo.

Só conquistaremos qualidade total em tudo que fizermos, se tivermos como objetivo, alcançar resultados concretos e completos em tudo o que começarmos. Se não houver tal consciência, você poderá estar jogando dinheiro fora. Pois pode-se tentar falar com muitos e acabar não conseguindo ser ouvido, justamente, por quem interessa ou se dirigir a poucos e ser plenamente compreendido, se é somente a eles que seu produto, realmente, interessa.


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DESIGN VENDE: O QUE É BONITO, MOSTRE. O QUE NÃO É, ESCONDA.















Existe um conceito de lojas com fachadas totalmente transparentes que é muito difundido e utilizado pelo poder de transformar todo o interior da loja em uma imensa vitrine. Sem dúvida, expor a loja em toda sua totalidade, é uma ótima opção para chamar a atenção do público, entretanto, para que o feitiço não se volte contra o feiticeiro, é importante ter cuidado para que toda essa transparência não mostre coisas, digamos, comprometedoras e indesejáveis, que estariam muito melhor escondidas no conforto do anonimato.


Cestos de lixo com excesso de peso, tomadas jorrando fios que deslizam casualmente pelo chão da loja, caixas de papelão viajadas com mercadorias que ainda não foram guardadas e a visão sem censura de todo o funcionamento do caixa. Com certeza, são pecados mortais ou cenas íntimas que qualquer loja absurdamente transparente pode estar, involuntariamente, expondo a seus clientes e também, aos amigos do alheio. 

Manter uma loja impecável o tempo integral não é uma tarefa impossível, mas todos sabem o quanto é difícil. Existem padrões de lojas criados e desenvolvidos para que realmente sejam expostos ao público e não adianta reclamar, pois este é o procedimento imaginado desde sua concepção. Entretanto, existem lojas que estariam muito melhor apresentadas, se a fachada fosse seletiva naquilo que expõe.  Se o caixa é demasiadamente exposto e é difícil alterar sua posição, basta esconder, disfarçando os procedimentos internos, para que não chamem muita atenção sobre o assunto. 

Ao vermos uma imagem, a primeira impressão é o resultado do conjunto. A composição do conjunto, por sua vez, é feita pela somatória de detalhes, que podem ser positivos ou negativos. O resultado, portanto, além de sensitivo, é matemático. Para não sair perdendo no final das contas, é importante diminuir o "desculpe nossa falha" e as áreas de transparências inúteis e comprometedoras, para que seja multiplicado aquilo que a loja tem de mais bonito. Pois, o que é bonito, e somente o que é bonito, deve ser mostrado ao público.

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21/03/2016

DESIGN VENDE: OS SETE PECADOS VISUAIS






Pequenos pecados diários agem silenciosamente, fazendo com que a identidade da marca seja aos poucos diluída, enfraquecida, perdendo a força, e pior, refletindo a imagem uma loja desorganizada, ultrapassada e amadora. Veja a seguir 7 dicas simples que irão absorver esses pequenos pecados, largamente praticados por muitos lojistas que, ingenuamente, acreditam estar praticando o bem:

1.    Não seja preguiçoso e invente novas maneiras de divulgar promoções no ponto-de-venda. Será que você não consegue fugir do óbvio, descobrindo algo mais interessante do que apenas entupir sua loja com cartazes promocionais pendurados em tudo quanto é lugar?
2.    Seja esperto e não desperte a ira dos deuses da estética e do marketing, desrespeitando a tipologia, as cores ou as proporções da marca de sua loja. Afinal de contas, porque um belo dia você pagou a uma empresa para que criasse sua marca, cercada de todos os cuidados necessários contidos em bom manual de marca?
3.    Não seja avarento na hora de optar por um orçamento. Lembre-se que tudo que é bom tem seu valor. Portanto na hora de decidir, pense qual será o    custo x benefício de um investimento e não apenas em escolher o mais barato. Porque você acha que vemos tanta coisa feia quando andamos pelas ruas, como letreiros em fachadas e frotas pintados à mão e outras pérolas da anti-comunicação?
4.    Não seja guloso, querendo todo o espaço só para si. Comunicações exageradas acabam funcionando contra. Entupindo os esgotos da cidade com toneladas de panfletos jogados nos bueiros ou congestionando visualmente a cidade com faixas e placas sinalizadoras espalhadas pelas ruas, sua loja até pode se tornar conhecida, mas não exatamente da forma que dá dinheiro.
5.    Não seja invejoso. Resista a tentação de copiar o que os outros fazem, alegando que isso é pesquisa de tendências. Não é porque uma loja vizinha tem um luminoso gigante, com luzes vermelhas, letras douradas com um coração que muda de cor, que sua loja tem que ter igual. Lembre-se que a linha de comunicação das lojas nem sempre é a mesma. Principalmente se a empresa vizinha é um motel e a sua loja, uma livraria. 
6.    Não seja orgulhoso, seja exigente. Admita que o trabalho da gráfica que você contratou não é aceitável. Ou você acha certo aceitar que deformem a marca ou que apliquem o logotipo com cores diferentes, só porque a tal gráfica que você contratou não possui as tintas especificadas?
7.    Não se deixe levar pela luxúria. Golpes baixos procurando atingir clientes abaixo da cintura, podem até funcionar na hora, mas a imagem da loja fica comprometida. Para que a comunicação seja eficaz, deve apresentar uma mesma linguagem, um conceito único e claro, não ser apelativa. Do que adianta colocar uma passista da escola de samba vestida apenas  com duas fitas do Senhor do Bonfim rebolando e desfilando na frente da sua loja, se no banner da vitrine, está a foto de um lindo bebê, já que sua loja vende roupas infantis ! 


Veja bem como a comunicação visual de sua loja está sendo feita com olhos clínicos. Analise se a imagem da sua loja não está sendo vítima de uma comunicação sem padrão e não pense que esses pequenos pecados são exclusivos de lojas de pequeno porte. Existe muita rede de lojas que, apesar de investir fábulas na mídia, peca na hora da venda e seus vendedores não dispõem de cartões ou blocos de anotações com o logotipo e as demais informações atualizadas para anotar preço, código, nome e telefone da loja para o cliente. Então eles rasgam um pedaço de papel e escrevem ali, alguns garranchos e entregam satisfeitos e sorridentes. A imagem concreta que se guarda da tal loja é um pedaço de papel rasgado e rabiscado. Cuidado, pois você pode não estar atento, mas lembre-se, seus clientes estão!

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