13/08/2013

O QUE É BONITO, MOSTRE. O QUE NÃO É, ESCONDA

Existe um conceito de lojas com fachadas totalmente transparentes que é muito difundido e utilizado pelo poder de transformar todo o interior da loja em uma imensa vitrine. Sem dúvida, expor a loja em toda sua totalidade, é uma ótima opção para chamar a atenção do público, entretanto, para que o feitiço não se volte contra o feiticeiro, é importante ter cuidado para que toda essa transparência não mostre coisas, digamos, comprometedoras e indesejáveis, que estariam muito melhor escondidas no conforto do anonimato.

Cestos de lixo com excesso de peso, tomadas jorrando fios que deslizam casualmente pelo chão da loja, papéis salpicados pelo chão, caixas de papelão viajadas com mercadorias que ainda não foram guardadas e a visão sem censura de todo o funcionamento e faturamento do caixa. Com certeza, são pecados mortais ou cenas íntimas que qualquer loja absurdamente transparente pode estar, involuntariamente, expondo a seus clientes e também, aos amigos do alheio.

Manter uma loja impecável o tempo integral não é uma tarefa impossível, mas todos sabem o quanto é difícil. Existem padrões de lojas criados e desenvolvidos para que realmente sejam expostos ao público e não adianta reclamar, pois este é o procedimento imaginado desde sua concepção. Entretanto, existem lojas que estariam muito melhor apresentadas, se a fachada fosse seletiva naquilo que expõe.  Se o caixa é demasiadamente exposto e é difícil alterar sua posição, basta esconder, disfarçadamente, os procedimentos internos, para que não chamem muita atenção sobre o assunto.

Ao vermos uma imagem, a primeira impressão é o resultado do conjunto. A composição do conjunto, por sua vez, é feita pela somatória de detalhes, que podem ser positivos ou negativos. O resultado, portanto, além de sensitivo, é matemático. Para não sair perdendo no final das contas, é importante diminuir o "desculpe nossa falha" e as áreas de transparências inúteis e comprometedoras, para que seja multiplicado aquilo que a loja tem de mais bonito. Pois, o que é bonito, e somente o que é bonito, deve  ser mostrado ao público.

Por Luiz Renato Roble, diretor de criação criacao@datamaker.com.br
E por Raquel de Araújo, diretora de projetos raquel@datamaker.com.br
da DATAMAKER DESIGN http://www.datamaker.com.br/
BLOG: http://www.datamaker.blogspot.com/


CONHEÇA O TRABALHO DA DATAMAKER DESIGN :

Case: Identidade Visual Rede de lojas Cavezzale
Projeto de  Design de Ambiente
Projeto Aplicado na loja Joinville










Um comentário:

lorenzo busato disse...

Acho interessante e somente "mais um" estilo de loja, mas o que sempre mais me preocupa é algumas lojas mostrarem: falta de conhecimento, falta de técnicas de atendimento, antipatia, pouco caso quando entro de moletom ou bermuda em algumas lojas, existem tantas coisas que as lojas mostram descaradamente para os clientes muito graves.