06/08/2013

QUEM NUNCA COMEU MELADO NÃO SABE QUE LAMBUZA.




Existem algumas pessoas que gostam de café amargo. A grande maioria prefere colocar açúcar ou adoçante para deixá-lo a seu gosto. Para essas pessoas, adoçar o café é o modo de deixá-lo melhor.  Adoçar o café muito mais do que o suficiente, não significa que o cafezinho ficará infinitamente mais gostoso, ao contrário, o deixará saturado, um melado que provavelmente ninguém sentirá prazer em saborear.

Ao falamos de cafezinho parece óbvio que o excesso não é, nunca foi e nunca será uma garantia de qualidade. Quando se trata de comunicação visual, entretanto, parece não haver tamanha obviedade assim. Caso contrário, não veríamos tantas empresas que, estando ou não em promoção, penduram dezenas, centenas, milhares de bandeiras, bandeirolas e banners em tudo quanto é lugar, resultando em algo parecido com um eterno baile de carnaval.   É muito comum também ver, logotipos aplicados em exaustão e sem nenhum critério, espalhados, como que pulverizados em spray, pelas ruas, fachadas, lojas, frotas e impressos.


Para que isto não ocorra debaixo do nosso nariz, devemos analisar constantemente se existe visibilidade na comunicação. Temos que pensar se é possível enxergar e principalmente, ler aquilo que está sendo comunicado externa ou internamente. Ver se não há exageros, como duplicidades gratuitas e informações saturadas.


Existem casos em que centenas de cartazes pequenos são fixados lado a lado pelas ruas. Quando vistos de longe resultam em uma grande poluição visual.  De perto, mesmo a uma distância de alguns passos, não se consegue ler nada, pois cada cartaz está repleto de informações em letras miúdas. O custo da produção de cartazes maiores, com menos texto, seria praticamente o mesmo. O resultado, em termos de impacto e poder de informação, seria infinitamente superior. A informação deve ser sintética. Temos que pensar se alguém terá tempo, paciência e interesse de parar na frente do nosso cartaz no meio da rua e ficar lendo por alguns minutos aquilo tudo que estamos escrevendo nele.


Não podemos imaginar que o público aceitará positivamente qualquer ação mal realizada, seja porque ele é de um perfil simples ou porque a empresa não dispõe de verba suficiente. Pessoas simples também prezam por respeito, organização e por trabalhos bem feitos. Não é a toa que casas simples, são as mais limpas e com as panelas mais reluzentes. Se a verba necessária a uma determinada ação não existe, é preciso escolher outro tipo de ação que não comprometa a imagem da empresa e que transmita, de uma forma criativa, aquilo que queremos comunicar.



Não podemos transformar ações quentes em comunicação visual em um cafezinho melado e frio, é necessário, antes de tudo, conhecermos o público alvo. Para colher bons grãos de café é preciso usar boas sementes. As ações em comunicação visual são as sementes, se elas não forem boas ou aplicadas de qualquer jeito, o resultado se houver, será qualquer um e nunca o que desejamos. Como um cafezinho ruim..

Por Luiz Renato Roble, diretor de criação criacao@datamaker.com.br
E por Raquel de Araújo, diretora de projetos raquel@datamaker.com.br
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Diretor de Criação: Luiz Renato Roble
Diretora de Projeto : Raquel de Araújo

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